POEMA PERDIDO
Estou à procura
De um poema perdido
Que foi escrito
Na madrugada de abril.
É um poema
Que fala de mim
Sem rimas e pontos
Sem regras, sem fim.
Já procurei
Nas gavetas e mentes
Nos guetos sombrios
De homens dementes.
Nas caçambas de lixo
Nas curvas dos rios
Nas nuvens sem tempo
Dos terrenos baldios.
Encontrei por acaso
Quietinho e ”tristin”
Com versos molhados
Dentro de mim.