Para amar Manuel Bandeira

O Último Poema (Manuel Bandeira)

Assim eu quereria meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais

Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas

Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume

A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos

A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

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Eu não terei último poema (Tânia Meneses)

Mas uma lágrima longa como o mais longo verso

Com a beleza da morte dos poetas

Cuja carne é eterna poesia

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