Cordel da menina
De menina são os olhos fundos,
Tristes de tanta areia,
Alma que toda anseia
Libertar-se desse mundo.
Mas quando nasce um novo sol,
Há estradas pra desvendar,
Os pés calejam de andar
E o corpo todo em arrebol.
Diante da seca e da fome,
Se dissipam muitos brilhos.
Mas esperança de andarilho
Não tem jeito, some não.