Da poesia, o poema

Nos meus poemas constam tudo, de tudo um pouquinho,

falo do amor, da paisagem e até dos passarinhos!

Falo das Serras de Fortuna, em Minas meu lugar,

falo dos búfalos que ali moram, que me impedem de passar.

Do João-de-barro já falei, outro dia eu curioso,

por que ele arquitetou, sua casa tão teimoso!

Bem no alto do ipê, de flores amarelas,

João-de-barro construiu, não entendi o lugar delas!

Nos meus poemas constam tudo, até mesmo da política,

só não constam onde acho, essa graça analítica!

O meu mundo eu não entendo, eu sofro de tão grande dor,

quando falo em meus poemas, um assunto de amor!

Sou obrigado a retirar-me, do meu mundo em receios,

levo a vida entre os bichos, entre pássaros que gorjeiam!

Dos búfalos aos mugidos, estou sempre a fugir,

do amor não me afasto, sem meus poemas não posso ir!

(Da Poesia, o poema)

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 09/04/2014
Reeditado em 09/04/2014
Código do texto: T4763079
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