LOUCO!

Louco!

Não grites

Aos quatro cantos

A tua felicidade.

Que és capaz, ainda,

de amar.

Não acordes

O absurdo fado.

Que está ao nosso lado.

Que em trevas

Geme os seus segundos.

Louco!

Cala-te!

Estes deuses agoniados

Têm enegrecido

os dias.

Em ódios eternos.

E são acordados.

Com o teu santo sentimento.

Puro e sensível.

A inveja os alimenta.

E o que te faz bem?

Os mata!

Porém, guarda!

Este sentimento de que és capaz.

São gotas raras de tão almejado antídoto.

Que são capazes

De todo mal transformar.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 09/04/2014
Reeditado em 01/05/2014
Código do texto: T4762315
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