LOUCO!
Louco!
Não grites
Aos quatro cantos
A tua felicidade.
Que és capaz, ainda,
de amar.
Não acordes
O absurdo fado.
Que está ao nosso lado.
Que em trevas
Geme os seus segundos.
Louco!
Cala-te!
Estes deuses agoniados
Têm enegrecido
os dias.
Em ódios eternos.
E são acordados.
Com o teu santo sentimento.
Puro e sensível.
A inveja os alimenta.
E o que te faz bem?
Os mata!
Porém, guarda!
Este sentimento de que és capaz.
São gotas raras de tão almejado antídoto.
Que são capazes
De todo mal transformar.