Nas lágrimas escuras da solidão.
Corro pelas calçadas silenciosas,
Das ruas negras,
Com cheiro de asfalto,
Alguém roubou a alegria,
E em troca,
Deixou a solidão.
Ela é séria demais,
Não gosta de sorrir,
E faz de tudo para despertar dentro de mim,
O que mais temo.
Porque o mundo é imenso,
Mas me sinto sozinho?
Não queria ser prisioneiro,
De meu próprio silencio.
A noite é escura e gelada,
Corrói o peito,
Os prantos rolam sem sessar,
Quando não se há o calor da alegria.
Dizem que a noite é sofrida,
Para os que renegam sua própria alma,
E se escondem no escuro de suas fraquezas,
Pois já não vêem beleza,
Em suas pobres e breves realidades.