Natural

A morte é viva

E vai me achar.

Por enquanto, vivo.

A lua é de uma clareza tal

Que nela eu leio

Um telegrama geral.

O meu cavalo é de pau.

Não vou a lugar nenhum,

Passo mal.

Não vêem que as cascatas

São quebras e recomeços de ideal?...

Quando não posso mais,

Deixo cair...

É assim que os rios fazem as cascatas...

Quem é que me dá retorno

Quando eu faço ou não faço,

Até cansar o passo?

Quem é que me entorna a poesia?...

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 05/05/2007
Código do texto: T476010