OUTRO MUNDO

Hoje

Repeti o mesmo mundo....no fim

Viver de amor....e depois

Morrer brandamente em mim

Outro castelo recriei

Após rochas caírem

Até a pintura borrei

Com as mais belas alvitres

Agora procure o que te desperta

O que te deixa em alerta

O que queima, mas não arde

O que, mesmo no fim, nunca é tarde

O que ficou para trás

São esfumaturas embranquecidas

Perde-se o tom da tinta

Mas não a importância adquirida

Pois mesmo manchas abstrais

Ainda borram a pintura que já fora

A vida em sete cores iniciais

Torna-se cinza, diferente de outrora

E não segui seus passos

Preferi os meus

Eram mais suaves

E livres do que os teus

Pesadas eram as rédeas

Que determinavam a direção

Dos raios e das pedras

Que atingiam o coração

Amanhã

Vou reinventar outro mundo.....se der

Morrer de amor....e depois

Ressuscitar num domingo qualquer