Corte de beleza
Cabelo grande
Não liso, crespo
Muito bagunçado
Não sei o significado
Meu ser está sensato
Seria a desvalorização?
Quem muito se enfeita
Do vazio a alma é repleta
Afirmava um andarilho
E pensando nesse sábio
Lembrei-me das unhas
Da barba e das roupas
Havia retornado ao real
Vendo a tal completude
O senso da identidade
Estava acordando
Daquele mundo
Assim aprendi
Que não existe
Nenhum corpo
Sem sua alma.