Contato sacro

Mesmo quando as tempestades são duras

Minha alma quer manter-se pura e intocada

Erguendo-se, qual condor, nas alturas

De energia, gastando quase nada...

De costas para o vento, vai flutuando

Conduzida pelas bolsas de ar quente

Não há desgastes nem cansaço: voando

Faz-se parte do Cosmos, resiliente...

Alvo de flechadas, tiros, pedradas

Protege-se subindo mais e mais

Além das nuvens, no azul absoluto

E acha, asas abertas, não rasgadas,

Em átomos infinitesimais,

Deus, que mesmo sendo tudo, é impoluto...

Este soneto,em Concurso do saudoso site "www.notivaga.com"da Magriça,patrocinado por Mirkos Von Breysky,foi menção honrosa,fazendo parte da coletãnea(de papel)"Antologia dos Poetas Notívagos.