DOS ENGANOS



Ofereça-me uma taça do tal vinho,
Que rubra e louca vontade me consome.
Tenho o sol na madrugada
E as estrelas sobre o leito,
Perdi senso, estro e até o nome.

Mas sou Musa de poeta!
A mulher, que cortejada, faz-se deusa. 
O restante, se verdade, não importa.

Há enganos que se aceitam por vaidade,
Por impulso de se ter e ser Amor...
Colocam-se sonhos na fechadura da porta,

Embebeda-se a sóbria realidade,



(inspirado num conto de ZuleiKa Reis, "Mãe, quero ser Musa!")


imagem: worpress.com
KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 04/04/2014
Reeditado em 05/04/2014
Código do texto: T4756720
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