á boca das coisas

Na hora em que a vida nos chama

Encaramo-la de frente

Com sua nesga de sombra

Não há o que se preocupar

Tudo que é maciço

A luz se depara

E não vaza

Nessa latitude o mar é eterno

E a maioria das coisas não existem;

Portanto, remamos,

Em direção à boca da noite

Com o sol ligado,

A procura dos objetos que falam

Com nossas mãos

Seguro de que estamos andando

Em direção ás palavras que importam

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 04/04/2014
Código do texto: T4756092
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