á boca das coisas
Na hora em que a vida nos chama
Encaramo-la de frente
Com sua nesga de sombra
Não há o que se preocupar
Tudo que é maciço
A luz se depara
E não vaza
Nessa latitude o mar é eterno
E a maioria das coisas não existem;
Portanto, remamos,
Em direção à boca da noite
Com o sol ligado,
A procura dos objetos que falam
Com nossas mãos
Seguro de que estamos andando
Em direção ás palavras que importam