Do Mar

Como diria o poeta português :

viver não é preciso...e, sim, navegar!...

por isso, navego nas águas desse mar

como se fosse, sempre, a primeira vez.

A poesia, em meu líquido olhar

é um oceano que, de amor, se fez

onde o poeta e sua liquidez

ajudam o náufrago-homem a nadar.

Quando quebram-se ondas de insensatez

e a praia dos olhos se põe a chorar

recolho a espuma de tanto amar

(nessas tantas rochas que, o amor, desfez)

e, com elas, desfaço essa rigidez

que se faz na dor, só para me machucar.

03-04-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 04/04/2014
Reeditado em 11/12/2015
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