Do Mar
Como diria o poeta português :
viver não é preciso...e, sim, navegar!...
por isso, navego nas águas desse mar
como se fosse, sempre, a primeira vez.
A poesia, em meu líquido olhar
é um oceano que, de amor, se fez
onde o poeta e sua liquidez
ajudam o náufrago-homem a nadar.
Quando quebram-se ondas de insensatez
e a praia dos olhos se põe a chorar
recolho a espuma de tanto amar
(nessas tantas rochas que, o amor, desfez)
e, com elas, desfaço essa rigidez
que se faz na dor, só para me machucar.
03-04-2014