AO NATURAL
Fogo a lenha
incendeia
o que já aceso
procura viver
rolamos então
pela areia brilhante
até tomarmos
outra roupa
que sairá na água
água de corpos
atrevo a
entregar um pouco
seu suco será
bebido até sentir
sua bravura
derrubar minha violência
abrigue a indecência
por hoje
o lamento
fica por dentro
sairá sedento
o que foi aquilo
sonhar de loucura
me sinto impura
derrube de novo
esta armadura
as espadas que trago
são p'ras feridas
que afago
quando me deito
sobre seu peito
querendo sair
querendo voltar
nunca sair
sempre estar
sendo a malícia
das suas vistas
que bronzeia minha boca
e sufoca a criança
desesperada
pelo que quer ficar...