O Amor Pela Vida Fluia
O Amor Pela Vida Fluía
Do altaneiro e secular castelo,
Em pensamentos mergulhado,
Vislumbro o brando Tejo,
No seu serpentear tão belo,
No cais um barco fundeado,
No bote formula a Ninfa seu desejo!
Neste poema imaginado,
Ao anoitecer os astros contemplava,
Os peixes no rio ouvia,
Enquanto ali no alto sentado,
Para as estrelas olhava,
E o amor pela vida fluía!
Obedecendo à natureza,
Tudo quanto me rodeava,
E que por ali crescia,
Era vida era beleza,
E enquanto por ali estava,
Não mais da dor padecia!
A lua sua luz reflectia,
Nas águas mansas do rio,
A doce paz ali me acompanha,
A calma que ali se sentia,
Superava aquele ar já frio,
Que no corpo aos poucos se entranha!