Semeaduras de Amor e Sangue

Sulquei a terra e ali plantei

sonhos, sangue e lágrimas;

depois de um tempo eu colhi

mil flores de cores áridas.

Semeaduras de almas inocentes

onde o amor foi a semente,

onde a dor foi o adubo

que fez crescer perdão na gente.

Terras de arados tão febris

que alimentam paixões pueris

que atormentam o trovador

que resolveu morrer de amor.

Terras plantadas, flor que condiz

na madrugada seu olor matiz,

noite enluarada e uma cicatriz

no peito que mata o amor motriz.

Plantei meu sangue pelos terreiros

desse sertão tão meu, brasileiro;

colhi meus sonhos tão inconsequentes

e fui feliz amando a minha gente.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 03/04/2014
Código do texto: T4754777
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