O PEQUENO CONTO DA ARANHA

Quando trouxe
bolsa aveludada
o que houve
que não entrega
nada ao porteiro
que insiste
nas vendas
que pôs
lá dentro
formada
numa indumentária
arriscada
pra um momento
qualquer
mulher fantasia
o próprio homem
da agonia
ao vê-la saindo
de suas mãos
enquanto visitava
seu corpo
ante a entrada
que ficava
chocada
sensualidade
provocada
ela nem riu
fronte serena
pele morena
seduzida pelo sol
dança de quadris
ele desmaia então
ainda em pé
todos passam
cruzam
sem que ele veja
aquilo que deseja
cereja de um doce
enfeitado demais
frieza que a leveza
não tardou a desaparecer
fumaça estranha
desdobre
agora a façanha
ainda era menino
sobre o fascínio
doze ensaios de prata
ninguém morreu
de amor por ela...