O quê e o quem da poesia
Há preguiça na poesia,
Na prosa há romance,
mas quem faz poesia,
faz no instante do
furor da paixão.
Talvez neste verso
procuraria rimar com
o anterior, mas tenho
tanto para falar
do ódio e do amor.
Tenho ainda a dizer
das mazelas deste mundo,
e com um sentimento
profundo não estou
nada afim de falar.
Quero na verdade
é falar da alegria da bossa,
os prazeres da roça,
as liberdades do vulgar,
quero falar de outro lugar.
Um prognóstico de um final feliz,
que pensamento infeliz,
quem pensa no fim não é feliz,
e com tanto "iz" acabei com esta rima;
mas hoje a vida não me causa nenhum mal.