ODE DA CALDA

A calda que escorre, quando o tempo resvala

Encobre, umedece e unta, a bendita alma

Com calma, que nem se apercebe, a diva

Que embalada na calda, se perde a deriva

Acho que ela até se encanta, e se declina

A admirar a vista, banhada, no alto da colina;

As vezes é preciso estar assim, completa em doidivana

Desmantelando a armadura, que a monotonia cria

Mas a hora, que passa, se encarrega e seca a calda

A pobre menina sonhadora, acorda e chora, desiludida,

Perdida, sobre a calda seca

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 02/04/2014
Código do texto: T4752966
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