Sede de mundo

Nas voltas que dá o mundo

ciência jamais se apurou

É nesse mistério profundo

Das voltas que dá esse mundo

Que eu mergulho sedenta

E me abandono no fundo

pra matar a sede

de saber do mundo

e das voltas do mundo.

Abro a boca apressada

Que a sede é desgraçada

mas não bebo o que me alenta

e o que bebo me afugenta:

Era água salgada.

Jacqueline Rezende
Enviado por Jacqueline Rezende em 31/03/2014
Código do texto: T4751636
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