Sôfregas Ondas
A tua fala é uma rua clara,
que me exala um nítido perfume.
Nas frias brumas onde o sentimento
é só um painel, adornado de momentos.
Na escuridão em que pequenos lumes,
Incandescentes vaga-lumes
vagam à espera da aurora.
Teu grito, de um azul terno e bonito,
denota o infinito imenso,
do céu a nos proteger.
É o silêncio que me transparece a alma
É o sopro que me restaura a calma,
a paz que careço ter.
E, quando à noite,
num suspiro empalidecido
a lua branca beija o mar,
também as ondas vêm, crespas acariciar
as areias da minha poesia e,
sob seu manto ouve-se um bramido
de ondas sôfregas a retornar.
Andrea Cristina Lopes/Curitiba/Paraná