Nos caminhos da poesia
Luciana Carrero
Eu não vou por aí, mesmo
Nem mesmo onde foi o régio
Nem onde existe o assédio
Ou onde gente anda a esmo
Não vou por aí, atoa
Por sendas já percorridas
Ando a minha cisma boa
Acima das avenidas
Não vou mesmo, em maresias
Em meio a estas gentes lerdas
Que pensam fazer poesias
Botando perfume em merdas;
Que prosa é poesia válida,
Numa quebradura esquálida
Tenho dor quando alvejada
De matar, pior que estar morta
Quando leio coisa torta
Num verso perna quebrada