Divino
Luciana Carrero
Não tentes te esconder de mim, Divino
Num orbe longe em que sozinho habitas
Nem queiras fazer deus o teu menino
Nascido entre vacas e cabritas
No silêncio manténs a eternidade
Preso na goela o grito que não gritas
Negando-me explicar toda a verdade
Das tuas maquiavélicas desditas
Rompe o universo, num raio
Conta aos humanos sofridos
Que somos só uns brinquedos,
Teu passatempo, Divino!
Já que em infinitas paragens
Só restou criar bobagens!