Do Beijo
Olá, jovem senhora; que não conheço o sabor
se for de doce de amor, dê um sorriso, agora!
e, também, quando for a hora de ser seu beija-flor
e de, nessa boca, pôr o desejo que me devora.
Essa sede (não minto!) é pelo seu beijo, menina...
por essa boca divina com lábios de vinho tinto;
e esse olhar faminto, que come minha retina
é de fome assassina que me mata, quando sinto.
Mas, também, não sou inocente e mereço prisão
pois minha louca tesão não é pelo beijo, somente
mas por tudo que é quente e úmido na paixão
por isso, prenda-me, então, nesse seu corpo ardente...
na cela incandescente do seu profundo vulcão!
Ah, a erupção de lavas de prazer, de repente!
28-03-2014