Bem-te-vi
O pássaro anuncia:
Bem-te-vi!
Bem que eu vi!
O bem que se quis, que se quer.
Dói na alma da mulher.
A alma reluta a emancipação da tristeza.
Dor voraz, inclemente, indolente,
Até quando este Amor inconsequente?
Para amar não precisa de idade;
Tempo não existe para quem ama.
O menino de ontem, virou um homem de muitas damas.
O Amor com muitas tramas.
Que drama!! Será compromissos de outras esferas?
A menina de outrora, uma mulher com desejos, sem solfejos.
Se pudesse voltava o tempo, sedento de um amor proibido.
Ou adiantava a madureza deste ser que o ostenta.
Para o homem que se faz, fugaz em seu tempo.
Quisera retroagir, a dor, o amor.
Como dói, Meu Deus, como dói!!
Somente a alma com esta dor latente,
Para exprimir o que se passa em um coração carente.
Quem pode ser meu confidente?
Será que alguém entenderia facilmente;
O que se passa indubitavelmente.
Senhor não queria provar empiricamente;
Que bebida quente, ardente, o fogo da paixão.
O grito vem eloquente:
" Se possível afaste de mim este cálice"
Se fui maledicente;
Que me perdoem as almas sofrentes;
Que amam acima das verdades conscientes.
Isto é inerente;
Não pedimos para amar.
Mesmo que seja ignobilmente.
Sei que lá na frente....
Calado, silenciosamente;
Vencerei, heroicamente!