Bem-te-vi

O pássaro anuncia:

Bem-te-vi!

Bem que eu vi!

O bem que se quis, que se quer.

Dói na alma da mulher.

A alma reluta a emancipação da tristeza.

Dor voraz, inclemente, indolente,

Até quando este Amor inconsequente?

Para amar não precisa de idade;

Tempo não existe para quem ama.

O menino de ontem, virou um homem de muitas damas.

O Amor com muitas tramas.

Que drama!! Será compromissos de outras esferas?

A menina de outrora, uma mulher com desejos, sem solfejos.

Se pudesse voltava o tempo, sedento de um amor proibido.

Ou adiantava a madureza deste ser que o ostenta.

Para o homem que se faz, fugaz em seu tempo.

Quisera retroagir, a dor, o amor.

Como dói, Meu Deus, como dói!!

Somente a alma com esta dor latente,

Para exprimir o que se passa em um coração carente.

Quem pode ser meu confidente?

Será que alguém entenderia facilmente;

O que se passa indubitavelmente.

Senhor não queria provar empiricamente;

Que bebida quente, ardente, o fogo da paixão.

O grito vem eloquente:

" Se possível afaste de mim este cálice"

Se fui maledicente;

Que me perdoem as almas sofrentes;

Que amam acima das verdades conscientes.

Isto é inerente;

Não pedimos para amar.

Mesmo que seja ignobilmente.

Sei que lá na frente....

Calado, silenciosamente;

Vencerei, heroicamente!

Helbert Vinícius de Faria
Enviado por Helbert Vinícius de Faria em 29/03/2014
Reeditado em 25/05/2014
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