Psiu!
Psiu! E o silêncio invadiu o quarto com esmero cuidado. E com paciência fiz um pedido a alma cansada em não saber amar. Permita que eu te guie por entre vales e momentos nunca antes esquecidos. Farei prisioneiro dos meus desejos. e farei conhecer seu submundo. Sim, farei desse teu vale, o riacho onde vai desaguar todos seus desejos que acorrentou na sua pobreza em amar. Sinta meus dedos sobre seu corpo desenhando sua geografia. Psiu! Agora teu corpo queima como um vulcão a explodir larvas de fogo e prazer. Mas ainda não é o momento de se descobrir. Vou decifrar cada gota do seu prazer e me deliciar na sua inocência e da sua vaidade. Seu rio está percorrendo nascente e vales desconhecidos pela sua cegueira de não saber amar. E nesse momento permito naufragar nas suas águas quentes e um grito soa rasgando minha garganta quase me sufocando. Os poros da minha pele elimina morfina me paralisando da dor do prazer. Viajo ao seu encontro e nos fundimos em prazeres indeterminados. Formamos uma corrente de loucos desejos e nos proibimos de desistir. Foi um sonho ou foi a realidade congelada por não ter coragem? E nesse instante adormeci no meu silêncio e me debrucei sobre seu peito. E ao amanhecer, procurei seus lábios mas não encontrei, te busquei na minha ânsia em te amar mais e mais também não te encontrei. E por fim te busquei entre meus vales e te encontrei dormindo em seus sonhos. E te desejei com loucuras e prazeres. E nesse momento criamos asas de prazer e voamos tão alto que rasgamos o Céu e vencemos as grandes tempestades. Me devolveu a razão de viver a loucura em te amar e a certeza de beber da sua fonte e rejuvenescer do liquido da juventude.