Filho sempre
O silêncio fica gritando em meu ouvido.
Clamores, penhores mas eu me calo.
Quer uma trégua, um canto, arranhando o tampo.
Pede que eu saia, procure a praia.
Pra beijar o chão santo.
São tantos silêncios a implorar.
São tantos que minhas cordas começam a vibrar.
Sai... sai afogado rouco, sai louco espanto. Implora.
E antes da aurora meu canto chora, mudo.
Pois foi tudo o que sobrou do encanto.
Insiste, com os pés ao chão.
Sente as ondas espumadas,
Lambendo geladas, estralando são como carícias.
Elevam o afogado, dão asas as málicias.
Seus cantos molhados voam embarcados,
São só versos, notícias, nas bolhas de sabão.
Entendo hoje meus pais trançando tentos (cabelos).
Nos limites, ciúmentos, queriam acariciar.
Materializar seu encantamento.
Com aqueles rebentos, filhos crescidos.
Que se exilavam distantes na data do casamento.
Ah! Dor do partilhameto.
Não vejo outra maior a não ser a dor do julgamento.
Que coloca, todos, senhores (genitores) e rebentos.
Na mesma alcova,no mesmo sentimento.
Se despedindo, como pétala ao vento.