Quem és tu poesia?

És a filha pobre da literatura

Mas eu jamais te abandono

Pois a minha mão a tua segura

Não serás como animal sem dono

Tu libertas o meu pensamento

Me acompanhas na solidão

Me ouves cada lamento

De desculpas e de perdão

Te fiz de fiel amiga

Nossa amizade não corre perigo

Fiz dessa amizade cantiga

Para sempre ouvi-la contigo

Aprendi ao teu lado o saber

Da junção de palavras, a rimar

De amor, de paixão, de prazer

De frustração, de saudade e de chorar

Assim sendo teu companheiro

Em horas longas e mortas

Corremos juntos, o mundo inteiro

Sem sequer bater nas portas

Entramos sem permissão

Saímos quando nos convém

Pois no nosso mundo de ilusão

Escrevemos para todos e p´ra ninguém

jovige
Enviado por jovige em 29/03/2014
Código do texto: T4748144
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