DURMA

DURMA

Caio na queda do rodamoinho,

O anjo caído sabe bem o que é?

Lutar por um amor incondicional,

Saber que a criatura não merece,

A criatura é apenas o rato,

A cobaia hidrofóbica de Deus,

E na revolta do anjo caído...

A ira... A raiva... O ódio...

Tudo por amar o Pai demais,

Por isso o anjo caído, caiu.

O mais belo de todos os arcanjos,

Dos oitos o mais altivo deles,

A mão direta do Pai Poderoso.

Caiu para o exílio terreno.

Ele, o Pai tem uma razão maior,

Como nosso sono tem uma razão,

Então durma, caia no sono.

Mergulhe nas trevas da inconsciência

Assim como o anjo caído caiu

Recarregue-se e reorganize-se.

Deixe o sono arrumar seu cérebro,

Como o pai deixa o filho no exílio,

Num sono acordado atormentado.

Somos todas criaturas Dele,

Somos todos filhos do mesmo Pai,

Então por que Ele sabendo de tudo deixo-o cair?

Qual a missão escondida nessa queda?

No sono descarto o que não presto,

Arquivo o que talvez necessite,

Reduzo meu estresse ao aceitável.

O sono me faz me manter no controle,

O anjo caído ainda não dormiu no exílio,

Ainda não teve tempo de reorganizar,

De tentar entender a missão dele,

Que graças a ele, Ele nos coloca mais perto Dele.

Então durma e deixe tudo na mão Dele,

Corra atrás do que você pode sempre,

Confie Nele sempre e vamos embora que atrás tem gente.

André Zanarella 20-02-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 29/03/2014
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