Palhaços
Era um sonho, eu sonhava
sorrindo pelo parque verde azul
com as frutas colhidas dos pé
com muitos doces de alcaçuz
Já de noite, à lagoa ia brincar
e mergulhava até não suportar
e corria para a terra novamente
sem no peito haver mais ar
E brindava a vida e semelhantes
bebia o sangue de meu salvador
entre corpos de amores errantes
afogando cada riso sem pudor
Cada dia se passava num instante
mantendo na memória cada passo meu
com várias fotos à vista da estante
representando cada parte do meu eu
Meu retrato na parede de mim sorriu
sob o céu anil ou um qualquer
em que acontece o que o pobre nunca viu
no belo sorriso da menina mulher
Trouxe-lhe flores cor de sangue azul
como rei de uma linhagem transcendental
de quando viajei de norte ao sul
com a campanha de palhaços mais banal
E sorrimos juntos perto da fogueira quente
nas noites frias nos abraçamos pra dormir
e minha vista ardia como após a agua ardente
cada vez em que vejo você sorrir
Você não quiz o que poderia haver nós dois
e eu sigo em frente sorrindo ao povo
a decisão foi feita e não há mais o depois
e o sorriso do palhaço sou eu que louvo