Palhaços

Era um sonho, eu sonhava

sorrindo pelo parque verde azul

com as frutas colhidas dos pé

com muitos doces de alcaçuz

Já de noite, à lagoa ia brincar

e mergulhava até não suportar

e corria para a terra novamente

sem no peito haver mais ar

E brindava a vida e semelhantes

bebia o sangue de meu salvador

entre corpos de amores errantes

afogando cada riso sem pudor

Cada dia se passava num instante

mantendo na memória cada passo meu

com várias fotos à vista da estante

representando cada parte do meu eu

Meu retrato na parede de mim sorriu

sob o céu anil ou um qualquer

em que acontece o que o pobre nunca viu

no belo sorriso da menina mulher

Trouxe-lhe flores cor de sangue azul

como rei de uma linhagem transcendental

de quando viajei de norte ao sul

com a campanha de palhaços mais banal

E sorrimos juntos perto da fogueira quente

nas noites frias nos abraçamos pra dormir

e minha vista ardia como após a agua ardente

cada vez em que vejo você sorrir

Você não quiz o que poderia haver nós dois

e eu sigo em frente sorrindo ao povo

a decisão foi feita e não há mais o depois

e o sorriso do palhaço sou eu que louvo

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 29/03/2014
Código do texto: T4748106
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