Na minha potoca ou sua motoca? - parte II

Ei cara, sou teu, a julieta, sou tua generosa, desmonte o motor...

Não deixe a máquina a tremer sem gasosa e fique comigo aqui!

Lembra de te deixar ao enlevo de juras na garupa te aquecendo?

Não corte este barato que nos une desde que questione que te vi!

Seja livre comigo, camaradinha e me ofereça a carona insuspeita!

Vamos seguir nas ruínas de praias e coisas, de homens e vadios

Me ofereça em riste o volante, o guidão, a aventura na estrada!

Sorria comigo para o mundo refletir o siso que não deixa impedir!

Ao longe, em estradas rudes, me dê a mão e fale belas cantadas

Seja irmão, pai ou patrão, porém continue estes nossos sonhos!

Corrija o mapa e dê indicações de que meu rumo esteja contigo

No mapa encontras o mundo, mas eu sou parte de si e comadre

Em vôos sacudindo a poeira, destinados à fronteira sem limite...

Peço a ti que não magoes jardins e floresça a irmandade nossa!

Sou a tua louca fiança para admirar a paisagem e confiar amores

Embotada por sentidos que ao vento deleita-se com meu cabelo!

Fujamos na surdina, à noite leviana, para aventuras silenciosas!

Venha comigo e leve consigo aquela cardíaca enamorada infante

Sou sua, a moto é sua, o tempo é nosso, o universo de ninguém

Façamos a hora para quem sabe não fazer esperar, esperemos...

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 29/03/2014
Reeditado em 30/03/2014
Código do texto: T4748062
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