Porto
As vozes em alarido
cantam aos meus ouvidos.
Um pouco mais desse Fado
das franjas dos xales rosados
um pouco mais do tabaco
das risadas dos meninos
um pouco mais desse sino
das rezas nas mãos em prece
um pouco mais de atavismo
das Rosas e seus alicerces
um pouco mais de azevinhos
forrando esse caminho
infância, Natal, vaticínio
um pouco mais desse vinho
um pouco mais desse Porto.
Quebraram-se todas as taças
quedaram-se todos os ninhos.