GRÃO BRUTO
Ninguém vendo a flor no jarro
Aspira-lhe os espinhos.
Só a suavidade das pétalas
Beijar deseja
Como os colibris passarinhos
No jardim tiram sarro
Beijando a flor da cereja.
Tira-se d’árvore da vida
A doce suavidade do mel
No fruto
E dá-se à plantada semente amarga o fel
Da infelicidade
No grão bruto.
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Ninguém vendo a flor no jarro
Aspira-lhe os espinhos.
Só a suavidade das pétalas
Beijar deseja
Como os colibris passarinhos
No jardim tiram sarro
Beijando a flor da cereja.
Tira-se d’árvore da vida
A doce suavidade do mel
No fruto
E dá-se à plantada semente amarga o fel
Da infelicidade
No grão bruto.
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