Outono
Vejo da janela
Uma árvore florescendo
No tempo do outono.
A natureza permite
Que eu venha a sorrir.
Assim te contemplo
Ao lado das outras árvores,
Estranha. Mutante?
Aprendeste a outra face
Da alegria. Quem te ensina?
Assim como tu
Irá florescer no outono
O homem para me amar?
Queria te olhar
Apenas como quem olha
E pousa em teu galho.
Na primavera ou no outono
Em toda parte estás.
Afirmas teu preciso tempo
Como admiro tua afirmação!
Estando aqui e tão distante
Acolhe as tuas raízes
E as aprofunda sem dor.
Louvação na tarde
Curvo-me diante de ti
Versejando o amor.