MAIS REAIS
Hoje somos ambos mais reais,
como convém a uma relação.
Já não somos seres ideais.
Somos mortais, que as asas
se perderam na rotina dos dias.
Sou humano, como nem sabias.
Há no meu peito apenas um coração,
não uma turbina preparada
para atender teus sonhos.
Tenho os meus momentos tristonhos,
refugiados de muitas casas.
Profundo, jamais encontrei a escada
que me livrasse do fosso da loucura.
Andei errante, só, na eterna procura
do cais amoroso, do doce descanso.
Te vejo, te percebo: as dores disfarças
na solidez cunhada pela dor domada.
No fundo, entretanto, somos iguais.
Do lago, o aparente remanso,
turbilhão da alma inconformada,
rugindo universos em alegrias esparsas,
lutando contra o inevitável jamais.
Hoje somos ambos mais reais,
como convém a uma relação.
Já não somos seres ideais.
Somos mortais, que as asas
se perderam na rotina dos dias.
Sou humano, como nem sabias.
Há no meu peito apenas um coração,
não uma turbina preparada
para atender teus sonhos.
Tenho os meus momentos tristonhos,
refugiados de muitas casas.
Profundo, jamais encontrei a escada
que me livrasse do fosso da loucura.
Andei errante, só, na eterna procura
do cais amoroso, do doce descanso.
Te vejo, te percebo: as dores disfarças
na solidez cunhada pela dor domada.
No fundo, entretanto, somos iguais.
Do lago, o aparente remanso,
turbilhão da alma inconformada,
rugindo universos em alegrias esparsas,
lutando contra o inevitável jamais.