Há um ser ausente
dos versos, da vida, do amor
são feridas externas
a se provar da própria dor.
Silêncio que se basta
sem vida, sem viço, sem sorriso
teu caminho escolhido
e o inverno vencido.
Lembro do adeus covarde
de meu corpo gritando de dor
estremecendo, despedaçado
da falta do teu amor.
Lembro dos olhos chorando
enxurrada de pensamentos
nenhum deles explicava
o por quê de tanto tormento.
Tua crueldade será eterna
lembrada em cada pôr do sol
contigo aprendi que na vida
não existe a música perfeita.
Que paraíso não é um lugar
e que versos são fabricados
que não há o teu e o meu nome
e que o livro do amor é comprado.
Há um ser ausente
de si mesmo solitário
a fuga é sua mágoa
és seu próprio adversário.
és seu próprio adversário.