Um Eu, Quase Nem Tão Eu Assim.
Sou, sou?
Uma vírgula perdida,
Na frase mau escrita,
Na parede do banheiro,
Ou no rótulo do esqueiro,
Quem ninguém as lê.
Sou, são?
Mais um louco entre tantos,
Que acreditam nas suas mentiras,
Que ficam largados na esquina,
Deitados, bêbados,
Em cima de sua própria urina.
Que tem um futuro promissor,
Que acaba após o primeiro gole de cerveja,
Ou o trago do cigarro mais vagabundo.
Sou tão eu, que as vezes não sei quem sou,
Tão desorientado,
Perdido dentro de mim...sufocado,
Querendo sair,
Mas para onde?
Talvez não exista nenhum lugar seguro...um forte,
Talvez migre para o sul,
Ou para norte.
Ou para onde a sorte,
Não seja tão azarada quanto a minha.
Onde as sombras não fechem meus caminhos,
ou os pees aguentem pisar,
Sem que possam desejar,
Não fazer parte do meu corpo.