desejo de
desejo de manchar a coerência, a concisão e a clareza
do contrato social em que figura minha assinatura
de revelar toda a esquisitice de gestos e olhares que não se contêm
de ir além dessas superfícies em que não se espelha
violar a correspondência, romper o lacre, rasgar o selo
procurar o Outro que não seja mais-um-que-não-sou-eu
perdendo-me no caminho sem saber que me procurava
Deixo ficar esse desejo, que é a vontade sem objeto (direto ou indireto)