BANDOLEIRO (poesia em yin)
BANDOLEIRO (poesia em yin)
O vento nos salgueiros lembra o choro,
De fantasmas dos amantes perdidos na vastidão,
Bandoleiros que abandonaram a sua missão
De vivenciar um amor nesta encarnação.
Restou o vento nos salgueiros chorões,
O tiquetaquear do relógio na parede,
Que marca o tempo daquele que não chegou.
Qual estrada ele estará perdido meu fantasma?
Assaltando o sossego dos desavisados,
Roubando os sonhos dos adolescentes.
Seria só o vento ou o fantasma do bandoleiro,
Que trás briga e a nossa separação?
A lua semi-coberta pelas nuvens,
O vento frio da noite que me envolve,
O silencio quebrado pelo uivo de cão
Tudo trás de você a recordação,
Bandoleiro que roubou meu coração.
André Zanarella 24-02-2013