O MONÓLOGO DA VESPA
Era a gota d'água
que mágoa
não quer entender
vestes tão bonitas
cremes
pele dissolvida
da vida
que recobre
entre dias
tão pobres
sem ele
agora padeço
sei lá se esqueço
o que foi um começo
me levou
inteira
a um berço
onde mesmo
pareço
tão criança por
ter feito amor
num calor
estonteante
alma calada
sobre a estante
não fala mais minha lingua
que agora vomita
beijos
daquele que veio
tão cedo
de anseios
me provar
sabendo
que lá dentro
na geladeira
tinha um doce
feito
coberto
recheio meio amargo
precisa adocicar
do mel
que trazes dentro
por de certo
viverá de novo
pouco depois
do sono
mofo que fica
perfume ruim
de ser "usada"...