MINHA POESIA
Mergulho surdamente num abismo embriagado de teses
Não domino, não sei dissertar, vivo em reveses,
Não sei escrever nem ser metafórico
Tudo que consigo é me sentir eufórico
Em paz comigo no meu mundo próprio, bucólico...
Onde a poesia despe-me e acaricia...
Acaricia-me com um amor sutil, impossível descreve-lo.
Quem pode ver nas entrelinhas da minha poesia paupérrima?
Não a faço somente para ser declamada,
Mas, interpretada, dramatizada...
Minha poesia guia-me numa linha tênue entre sonho e realidade
Ajuda-me a ludibriar a dor do realismo insensato
Desse mundo inclemente e nefasto
Em meus versos me afasto sem deixar rastros
E vivo um sonho indelével, longínquo, de amor casto.
Minha poesia guia-me numa linha tênue entre sonho e realidade,
Me enlouquece, me inspira, me entorpece, me faz feliz de verdade.