Quarta
Dizer verdades sempre foi o meu forte
Mas o meu sul pode ser o seu norte
Não há nada concreto além da morte
Viver sem ao menos acreditar na sorte
Porque nossos medos são tão similares
Nessa multidão eu desvio dos olhares
Ansiosos por ilusões se juntam milhares
Em busca da Luz não encontro meus pares
Esperei por promessas que não se cumpriram
Sei bem que pra mim todos sempre mentiram
Assim como eu tantos outros se iludiram
Aguardando alguém que nossos olhos não viram
Não há nada novo já que tudo se repete
Um eterno retorno que sempre nos promete
Uma vida de alegria com carnaval e confete
Mas a quarta de cinzas é minha única esquete