Outono!
No banco gélido da praça, (*Texto de Elenite Araujo).
Passa a tarde, implorando um calor que já se foi.
O tempo vem em um vento cortante, saudade da vida distante
Da luz, do Sol... Os pássaros que outrora cantavam, recolheram-se.
As folhas caem a contragosto, como quem morre antes do seu tempo.
Nunca é tempo apropriado para a morte, mas sabemos que ela virá Implacável como vem o outono, essa estação cinza e triste.
Anunciando um tempo sem luz, onde a vida anseia dormir.
Quem dera a vida de fato hibernasse e acordasse na primavera.
Quem dera sempre fosse primavera!
E os pássaros nunca se recolhessem, a luz nunca fosse escassa,
E as flores sempre explodissem em cor e aroma, exibindo a vida!
Mas a Terra gira para que todos os habitantes do planeta usufruam das
Estações, os ciclos precisam ser concluídos...
Mesmo essas tristes tardes outonais são necessárias
Como goles confortantes de um delicioso chocolate quente
Para os que podem dele usufruir.
Para mim, um chá. Sem açúcar, por favor.