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O OUTONO EM TEUS BRAÇOS...
à minha querida amiga Camille Simeone,
que tanto me inspira em seus outonos versos
Sopros de vento ressoam em meu rosto
a face fria da estação e do outono revela.
Invade, purifica este ar que refresca
e que me faz rever tua lembrança em repouso
e as brumas... ah estas brumas repletas
vestidas de adorno
libertas em festas entre voos dispersas
suspiram desejos serenos de espera
refletem no espírito tão puro disposto
Ah (...) nestas brumas teu rosto
refresca min'alma
releio os teus versos
a paz que me acalma
os teus
gestos
sinceros
tão puros
repletos
de anil talento
Ah (...) o outono momento
repouso
e intrépido
debaixo das cobertas destes teus versos
que
me inspiram
lentamente
ao sublime encontro...
A relva agora
do lado de fora entre nossos risos e suspiros
e bramidos
cai em pranto
e mais puro desgosto
e as folhas do intento quedam levemente
nesse instante
momento
em que
as brumas
fascinantes
na resposta
sutil
aquece a emoção
e o sentimento
em delirante
inebrio
(entre)
laçamento
Meus versos estão dispostos
assim
com o tempo
e em voo vertical
caem lento alento
e as métricas rimas distantes
se desfazem
no suor da alvorada
te derramo em meu braços, te contorno os laços
nos céus de uma esfinge
do firmamento
Tu querias as quadras e os tercetos
bem dispostos
de um soneto em novelos bem tecidos, tão poéticos
vertendo versos entre versos
ante a estes
o teu gosto
e o que eu mais quero de novo...
em sensual desvario
em gotas
se derretendo
É a tua alma incólume que se esconde em meu abrigo
sutil e lenitivo
em arte
e invento
Ah... este contento
de prosa e de estética
tu desafiarias?
O rebolar em meus braços
com volumoso beijo
vistoso e valentio
do primor que te ofereço
Assim em teu suor eu transtorno as tristezas
eu transfomo em beleza
te contorno em arrepios
o contorno de tuas
pernas
entre os meus
carinhos
e te acendo esta chama
que se revela no amor
do doce esplendor
dessa nobre estação
que só tu
declamas