REFLEXOS INANIMADOS

Simplesmente um rosto

Absorto, imposto, exposto

No desgosto, no mal gosto

De uma dor inacabada

Segundo a segundo bombardeada

Pelo mar de intenções

Que se julgam boas

Mas será sempre assim:

Eu a vislumbrar o bronze da tua pele,

A me deliciar no teu cheiro certeiro,

Ou seria mais autorreflexo do meu subdesejo

Que exala beijo com gostinho de queijo pela manhã

No deplorável desenrolar das ondas do mar

Sensibilizo-me pela tez branca do desconhecido

Que exibe fisionomia que angústia, que me arrelia, que me espia

E eu pérfido entre tantas imagens ou miragens

Corro de um lado pro outro, feito um doido, um menino pequenino

Desnorteado sem saber que rumo tomar, para que lado ir

Resignado a viver isolado, enjaulado, acorrentado em mim.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 23/03/2014
Código do texto: T4740875
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.