Sulcos Vincados
Sulcos Vincados
Sulcos no rosto vincados,
Pelas lágrimas que escorrem,
Sinais de desgostos marcados,
Que aos poucos nos consomem,
E ficam para sempre assinalados!
Na alma infortúnios guardados,
Que de tristeza se vestem,
São sonhos destroçados,
Que de agruras se revestem,
E são agora revelados!
Se foram muitos os meus pecados,
Que esta minha vida cobrem,
Eles por mim não foram operados,
Mas se assim for que os sinos dobrem,
Como se fosse dia de finados!
São meus mundos assombrados,
Que nos meus sonhos se detêm,
São espíritos mal formados,
Os que em sonhos os olhos vêm,
E deixam meu coração prostrado!