reencontro
Quando a poesia me encontrou
Ainda menina de alma virginal
Eu era só um balbuciar de inocência
Que passeava entre as mal traçadas linhas
De minha insólita vida pueril...
Ela, a poesia, roubou-me um beijo
E com a tinta da pena, então me seduziu.
Acendeu em mim o desejo vestido em versos
Alguns controversos, outros em euforia
A poesia despertou minha libido
Fez meu coração romântico abduzido,
Sempre enluarado a cultivar o amor nos jardins da lua
E amar vários amores nas fases tão suas
Sonhar e construir difusas ilusões
Em torres acasteladas de magia.
A poesia, por fim me vicia
E me abandona na sargeta da sinestesia
Metáfora do que era meu eu lá no passado
Procuro-me nas esquinas de minha alegoria
Reencontro no leito de lascivos versos
Filha de Gaia a Eros prostituída...