Síntese

Síntese

Uma vida poucos amores.

Os poucos causaram dores.

Desilusões, prantos com estrelas.

Paixões esquecidas em becos escuros.

Mãos sem esperanças, pensamentos impuros.

Uma vida poucos amores.

Fados embalam noites.

Saudades ilusões, açoites.

Lembranças contidas nos porões da alma.

Cancelas da vida.

Mãos repletas das ilusões, sem cores.

Uma vida poucos amores.

Os poucos serão eternos.

Aprisionados no tempo.

Masmorras em pensamentos.

Mãos esquecidas, olhares fraternos.

Perece às rosas, tudo o tempo varre.

Mãos enegrecidas, feridas, adormecidas.

De tempo em tempo semeando.

Semeando rosas nos jardins da vida.

A chuva lava as feridas.

Amantino Silva 05/03/2014