GRITO DA VIDA

Escrito por Regilene Rodrigues Neves

Eu quero viver!

Para o CÂNCER que assolam vidas

Pelo sofrimento da dor!

Para a AIDS de um ato

De conseqüências de vícios

Insanos de drogas e amor!

Eu quero viver!

Para tantas doenças isoladas

Que sem chances arrastam vidas...

E nos deportam a uma passagem lúgubre

De uma existência gerada com vida

Pelas mãos do Criador!

Como esse grito de alerta

Nas mãos de um poeta

Possa traduzir em versos

Que não sejam somente tristes

Para que num grito:

Eu quero viver!

Possa se espalhar num corredor de flores

Formando jardins de esperança

Para que em perfumes de manhãs

Serene o dia do orvalhar

Que chora nas pálpebras das rosas

Todo pranto da felicidade

E agradecimento à vida

Que só quer num poema dizer:

Eu quero viver!

Para que por estações nos acolhem

Em arrimo pujante dessa tão frágil existência!

Lá fora ruge um mundo

Como brado animal ferido de dores

Machucados pela serpente

Do inimigo imortal do homem

Que dos nossos pecados

Faz orgias em seqüelas mortais a vida

Que Deus criou com amor!

Dominado por nossas imperfeições

Gera-nos todo tipo de sorte

A mercê da sorte um grito de alerta:

Eu quero viver!

Seja ouvido numa multidão de almas

Em reflexos colhidos num ramalhete de flores

Outrora deixados nos jazigos dos entes queridos

Vitimas de uma herança de imperfeições

Entre doenças do corpo e da alma.

Grito na voz do poeta

Para que o mundo

Ouça esse espírito em passagens

Atropeladas pelo destino de uma escolha fatal

Outrora num jardim simbolizando um fim

Numa trajetória de pecados amordaçados nesse grito:

Eu quero viver!

Explore o amor

Para que a paz seja sentida

Em versos plácidos do coração

E nas nações um novo paraíso se construa

Para que no grito

Eu quero viver!

Não se confunda nos confins do front

Numa guerra de mortos alados

De um jardim de coroas aos fenecidos irmãos!

Eu quero viver!

Em 28 de abril de 2007 – 06hs30min.