Como eu quero

Não me olhes com essas chamas

Que no despreparo, derreterei

Sem conhecer a hora da justa troca

Deixa-me sobreviver aos atiçantes trechos do desejo

Para depois de fasto

Afogar-me no teu demorado regaço

Não me entrones céu da tua fumaça

Sem me gastar a combustão

Sem me apalpares com o sabor da perdição

E sem o consenso da loucura

Púbere, inocente, mas feita guia

E quando nos assumirmos culpados

Eternos homicidas da nostalgia

Não te atrevas a dizer-me o quanto me amas

Deixa-me devorar essas palavras da tua boca

Deixa que minha alma se acomode no teu beijo

Que o destino se simpatize com a infinitude do nosso abraço

Deixe...

É assim que quer minha paixão.

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 20/03/2014
Reeditado em 02/04/2014
Código do texto: T4736171
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.